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A GRAVURA ACIMA É UMA HOMENAGEM: 1. DESENHISTA; 2, GOOGLE; 3. A MÚSICA; 4. OS MÚSICOS; 5. PÚBLICO AMANTE DA MÚSICA; 6. OS ENXADRISTAS; 7. A NATUREZA. A ILUSTRAÇÃO É LINDA! PROF. FÁBIO MOTTA (ÁRBITRO DE XADREZ).


RESPEITE AS CRIANÇAS!

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SEJA BEM VINDO! A MÚSICA INSTRUMENTAL ELEVA O ESPÍRITO HUMANO.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

11. HISTÓRIA DA MÚSICA.

PESQUISADO E POSTADO, PELO PROF. FÁBIO MOTTA (ÁRBITRO DE XADREZ).

REFERÊNCIA:
http://www.infoescola.com/musica/historia-da-musica/


Por Professor Lindomar
Podemos dizer que a “Música” é a arte de combinar os sons e o silêncio. Se pararmos para perceber os sons que estão a nossa volta, concluiremos que a música é parte integrante da nossa vida, ela é nossa criação quando cantamos, batucamos ou ligamos um rádio ou TV. Hoje a música se faz presente em todas as mídias, pois ela é uma linguagem de comunicação universal, é utilizada como forma de “sensibilizar” o outro para uma causa de terceiro, porém esta causa vai variar de acordo com a intenção de quem a pretende, seja ela para vender um produto, ajudar o próximo, para fins religiosos, para protestar, intensificar noticiário, etc.
A música existe e sempre existiu como produção cultural, pois de acordo com estudos científicos, desde que o ser humano começou a se organizar em tribos primitivas pela África, a música era parte integrante do cotidiano dessas pessoas. Acredita-se que a música tenha surgido há 50.000 anos, onde as primeiras manifestações tenham sido feitas no continente africano, expandindo-se pelo mundo com o dispersar da raça humana pelo planeta. A música, ao ser produzida e/ou reproduzida, é influenciada diretamente pela organização sociocultural e econômica local, contando ainda com as características climáticas e o acesso tecnológico que envolvem toda a relação com a linguagem musical. A música possui a capacidade estética de traduzir os sentimentos, atitudes e valores culturais de um povo ou nação. A música é uma linguagem local e global.
Na pré-história o ser humano já produzia uma forma de música que lhe era essencial, pois sua produção cultural constituída de utensílios para serem utilizados no dia-a-dia, não lhe bastava, era na arte que o ser humano encontrava campo fértil para projetar seus desejos, medos, e outras sensações que fugiam a razão. Diferentes fontes arqueológicas, em pinturas, gravuras e esculturas, apresentam imagens de músicos, instrumentos e dançarinos em ação, no entanto não é conhecida a forma como esses instrumentos musicais eram produzidos.
Das grandes civilizações do mundo antigo, foram encontrados vestígios da existência de instrumentos musicais em diferentes formas de documentos. Os sumérios, que tiveram o auge de sua cultura na bacia mesopotâmia a milhares de anos antes de Cristo, utilizavam em sua liturgia, hinos e cantos salmodiados, influenciando as culturas babilônica, caldéia, e judaica, que mais tarde se instalaram naquela região.
A cultura egípcia, por volta de 4.000 anos a.C., alcançou um nível elevado de expressão musical, pois era um território que preservava a agricultura e este costume levava às cerimônias religiosas, onde as pessoas batiam espécies de discos e paus uns contra os outros, utilizavam harpas, percussão, diferentes formas de flautas e também cantavam. Os sacerdotes treinavam os coros para os rituais sagrados nos grandes templos. Era costume militar a utilização de trompetes e tambores nas solenidades oficiais.
Na Ásia, a 3.000 a.C., a música se desenvolvia com expressividade nas culturas chinesa e indiana. Os chineses acreditavam no poder mágico da música, como um espelho fiel da ordem universal. A “cítara” era o instrumento mais utilizado pelos músicos chineses, este era formado por um conjunto de flautas e percussão. A música chinesa utilizava uma escala pentatônica (cinco sons). Já na Índia, por volta de 800 anos a.C., a música era considerada extremamente vital. Possuíam uma música sistematizada em tons e semitons, e não utilizavam notas musicais, cujo sistema denominava-se “ragas”, que permitiam o músico utilizar uma nota e exigia que omitisse outra.
A teoria musical só começou a ser elaborada no século V a.C., na Antiguidade Clássica. São poucas as peças musicais que ainda existem deste período, e a maioria são gregas. Na Grécia a representação musical era feita com letras do alfabeto, formando “tetracordes” (quatro sons) com essas letras. Foram os filósofos gregos que criaram a teoria mais elaborada para a linguagem musical na Antiguidade. Pitágoras acreditava que a música e a matemática formavam a chave para os segredos do mundo, que o universo cantava, justificando a importância da música na dança, na tragédia e nos cultos gregos.
É de conhecimento histórico que os romanos se apropriaram da maioria das teorias e técnicas artísticas gregas e no âmbito da música não é diferente, mas nos deixaram de herança um instrumento denominado “trompete reto”, que eles chamavam de “tuba”. O uso do “hydraulis”, o primeiro órgão cujos tubos eram pressionado pela água, era freqüente.
Hoje é possível dividir a história da música em períodos específicos, principalmente quando pretendemos abordar a história da música ocidental, porém é preciso ficar claro que este processo de fragmentação da história não é tão simples, pois a passagem de um período para o outro é gradual, lento e com sobreposição. Por volta do século V, a igreja católica começava a dominar a Europa, investindo nas “Cruzadas Santas” e outras providências, que mais tarde veio denominar de “Idade das Trevas” (primeiro período da Idade Média) esse seu período de poder.
A Igreja, durante a Idade Média, ditou as regras culturais, sociais e políticas de toda a Europa, com isto interferindo na produção musical daquele momento. A música “monofônica” (que possui uma única linha melódica), sacra ou profana, é a mais antiga que conhecemos, é denominada de “Cantochão”, porém a música utilizada nas cerimônias católicas era o “canto gregoriano”. O canto gregoriano foi criado antes do nascimento de Jesus Cristo, pois ele era cantado nas sinagogas e países do Oriente Médio. Por volta do século VI a Igreja Cristã fez do canto gregoriano elemento essencial para o culto. O nome é uma homenagem ao Papa Gregório I (540-604), que fez uma coleção de peças cantadas e as publicou em dois livros: Antiphonarium e as Graduale Romanum. No século IX começa a se desenvolver o “Organum”, que são as primeiras músicas polifônicas com duas ou mais linhas melódicas. Mais tarde, no século XII, um grupo de compositores da Escola de Notre Dame reelaboraram novas partituras de Organum, tendo chegado até nós os nomes de dois compositores: Léonin e Pérotin. He also began the “Schola Cantorum” that gave great development to the Gregorian chant.
A música renascentista data do século XIV, período em que os artistas pretendiam compor uma música mais universal, buscando se distanciarem das práticas da igreja. Havia um encantamento pela sonoridade polifônica, pela possibilidade de variação melódica. A polifonia valorizava a técnica que era desenvolvida e aperfeiçoada, característica do Renascimento. Neste período, surgem as seguintes músicas vocais profanas: a “frótola”, o “Lied” alemão, o Villancico”, e o “Madrigal” italiano. O “Madrigal” é uma forma de composição que possui uma música para cada frase do texto, usando o contraponto e a imitação.
Os compositores escreviam madrigais em sua própria língua, em vez de usar o latim. O madrigal é para ser cantado por duas, três ou quatro pessoas. Um dos maiores compositores de madrigal elisabetano foi Thomas Weelkes.
Após a música renascentista, no século XVII, surgiu a “Música Barroca” e teve seu esplendor por todo o século XVIII. Era uma música de conteúdo dramático e muito elaborado. Neste período estava surgindo a ópera musical. Na França os principais compositores de ópera eram Lully, que trabalhava para Luis XIV, e Rameau. Na Itália, o compositor “Antonio Vivaldi” chega ao auge com suas obras barrocas, e na Inglaterra, “Haëndel” compõe vários gêneros de música, se dedicando ainda aos “oratórios” com brilhantismo. Na Alemanha, “Johann Sebastian Bach” torna-se o maior representante da música barroca.
A “Música Clássica” é o estilo posterior ao Barroco. O termo “clássico” deriva do latim “classicus”, que significa cidadão da mais alta classe. Este período da música é marcado pelas composições de Haydn, Mozart e Beethoven (em suas composições iniciais). Neste momento surgem diversas novidades, como a orquestra que toma forma e começa a ser valorizada. As composições para instrumentos, pela primeira vez na história da música, passam a ser mais importantes que as compostas para canto, surgindo a “música para piano”. A “Sonata”, que vem do verbo sonare (soar) é uma obra em diversos movimentos para um ou dois instrumentos. A “Sinfonia” significa soar em conjunto, uma espécie de sonata para orquestra. A sinfonia clássica é dividida em movimentos. Os músicos que aperfeiçoaram e enriqueceram a sinfonia clássica foram Haydn e Mozart. O “Concerto” é outra forma de composição surgida no período clássico, ele apresenta uma espécie de luta entre o solo instrumental e a orquestra. No período Clássico da música, os maiores compositores de Óperas foram Gluck e Mozart.
Enquanto os compositores clássicos buscavam um equilíbrio entre a estrutura formal e a expressividade, os compositores do “Romantismo” pretendem maior liberdade da estrutura da forma e de concepção musical, valorizando a intensidade e o vigor da emoção, revelando os pensamentos e sentimentos mais profundos. É neste período que a emoção humana é demonstrada de forma extrema. O Romantismo inicia pela figura de Beethoven e passa por compositores como Chopin, Schumann, Wagner, Verdi, Tchaikovsky, R. Strauss, entre outros. O romantismo rendeu frutos na música, como o “Nacionalismo” musical, estilo pelo qual os compositores buscavam expressar de diversas maneiras os sentimentos de seu povo, estudando a cultura popular de seu país e aproveitando música folclórica em suas composições. A valsa do estilo vienense de Johann Strauss é um típico exemplo da música nacionalista.
O século XX é marcado por uma série de novas tendências e técnicas musicais, no entanto torna-se imprudente rotular criações que ainda encontra-se em curso. Porém algumas tendências e técnicas importantes já se estabeleceram no decorrer do século XX. São elas: Impressionismo, Nacionalismo do século XX, Influências jazzísticas, Politonalidade, Atonalidade, Expressionismo, Pontilhismo, Serialismo, Neoclassicismo, Microtonalidade, Música concreta, Música eletrônica, Serialismo total, e Música Aleatória. Isto sem contar na especificidade de cada cultura. Há também os músicos que criaram um estilo característico e pessoal, não se inserindo em classificações ou rótulos, restando-lhes apenas o adicional “tradicionalista”.
Fontes
BENNETT, Roy. Uma breve história da música.Rio de Janeiro: Zahar, 1986.
COLL, César, TEBEROSKY, Ana. Aprendendo Arte. São Paulo: Ática, 2000.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

10. SIGNIFICADO DE SONATA.

PESQUISADO E POSTADO, PELO PROF. FÁBIO MOTTA (ÁRBITRO DE XADREZ).

REFERÊNCIA:
http://www.dicionarioinformal.com.br/sonata/


Significados de Sonata :

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1. Sonata

Por  (ES) em 03-01-2009
Na origem do termo, sonata era uma música para instrumentos de sopro ou para cordas.

Com o passar do tempo, sonata passou a designar uma obra musical em vários movimentos cuja estrutura era definida.

A sonata clássica, desenvolvida por Mozart no Classicismo, era constituída de três ou quatro movimentos:

Um primeiro movimento rápido, cuja forma se baseava na forma-sonata; um movimento lento, geralmente em forma de variações; um movimento dançante (um minueto, por exemplo, remanescente da suíte); movimento final, de caráter enérgico e conclusivo.

No Barroco, o termo sonata era usado para definir qualquer gênero puramente instrumental (e cantata era um gênero vocal).

Obviamente essa estrutura era modificada de acordo com o compositor. Todavia, permaneceu como principal meio de composição até meados do século XX.

Obs.:

1 ) A Forma-sonata, ou forma sonata allegro, normalmente referenciada desta forma para diferenciá-la do gênero musical chamado simplesmente "sonata", é uma forma musical típica do Classicismo. Consiste em três partes, a saber:

Exposição: nesta parte, são expostos os temas principais da peça, geralmente dois ou três.

Desenvolvimento: os temas principais sofrem diversas variações e modificações, em vários tons distintos.

Recapitulação: os temas principais são reapresentados, mas em tonalidades diferentes da exposição - geralmente na dominante. É comum que haja também mudanças na forma de execução, como a mudança de intensidade ou velocidade.
É comum existir uma introdução antes da exposição, e uma coda depois da recapitulação.

Esta forma de composição constitui o núcleo da música do período Clássico e teve também grande significado no período Romântico. A maioria dos gêneros desse período, como a sonata propriamente dita, o concerto, a sinfonia, o quarteto de cordas e o divertimento têm pelo menos algum movimento em forma-sonata. Esta forma também é comum nas aberturas de ópera desse período.

2 ) A "sonata clássica" é uma composição para instrumentos solistas, geralmente piano, em três movimentos (normalmente dois rápidos e um lento), sendo um deles escrito na forma tradicional (exposição, desenvolvimento, reexposição).
As sonatas de Domenico Scarlatti, por exemplo, eram sonatas barrocas compostas no esquema A-B (pesquise!).

Os compositores que mais escreveram sonatas clássicas foram Mozart, Haydn e Beethoven.

09. HISTÓRIA DA SALSA.

PESQUISADO E POSTADO, PELO PROF. FÁBIO MOTTA (ÁRBITRO DE XADREZ).

REFERÊNCIA:
http://www.salsadesignseo.com.br/historia-salsa.html


História da Salsa

Os textos exibidos nesta página são de autoria de Gustavo Lilla, frutos de vasta pesquisa em obras publicadas por historiadores renomados, referências de artigos e matérias impressas e online, conversas, debates e discussões com pesquisadores, músicos e estudiosos da música e da cultura Latinas.
Quaisquer dúvidas podem ser encaminhadas por email: gustavo@salsadesignseo.com.br ou pelo formulário de contato.
  • Parte I
  • Parte II
  • Parte III
  • Parte IV
  • Parte V

A Diáspora Africana no Caribe e América Latina

YorubaA música Latina é o produto de uma cultura que combinou influências da Europa, África e dos povos indígenas da América Latina, assim como dos seus vizinhos Norte-Americanos. Historicamente a música e a cultura Latinas sofreram uma proeminente intervenção das culturas indígenas Africanas, atribuindo às mesmas características de fluidez nessa mistura cultural. Os importantes gêneros da Música Latina como os Cubanos SonDanzónMambo e BoleroSamba Brasileiro, oTango Argentino, a Cúmbia Colombiana, a Bomba e a PlenaPorto-riquenhas, e o Merengue Dominicano possuem todos uma qualidade rítmica e tonal que deriva da África e suas raízes indígenas. Essas tendências rítmicas e harmônicas compõem as principais distinções da música Latina para a Européia e a Norte-Americana.
Apesar da mais importante (provavelmente) e internacionalmente reconhecida música Latina no início do século vinte ter sido o Tango, a música que dominou o cenário Latino restante foi a Afro-Cubana. O contexto da música Afro-Cubana é o núcleo da migração das formas culturais Africanas para o Caribe, abrindo espaço para o surgimento de gêneros como o MerengueCúmbia e o Samba. A música Afro-Cubana é o gênero mais desenvolvido dentre os que a indústria denomina: Tropical. É também a mais reconhecida devido às várias formas de dança envolvidas, sua influência no Jazz Norte-Americano, sua transformação no que hoje chamamos de Salsa, e acima de tudo, pela introdução da Clave - padrão rítmico de cinco tempos que define de uma forma geral a compreensão da música Latina como ela é.
A importância central de Cuba à música Latina deve-se muito à sua localização geográfica, que a tornou uma das principais estações marítimas para todos os tipos de viagens e comércios dos séculos XVI e XVII. As maiores cidades, como Havana e Santiago, eram consideradas verdadeiros centros da cultura Hispânica no Caribe, que absorviam e contextualizavam a música da Espanha (Andaluzia) e de cidades da Europa como Paris e Nápoles. Sob domínio Espanhol nos séculos XVI e XVII, Nápoles foi o berço da Ópera Bufa - grande influência na música Cubana no século XIX.
Combinando instrumentos musicais Europeus como violãobandolim e alaúde, e tambores Iorubas como obatá, utilizado em cerimônias religiosas, os Cubanos criaram o tres, um pequeno violão com três conjuntos de cordas duplas; o timbale, o bongô e as congas; assim como os bastões da clave utilizados para manter o tempo de marcação. À medida que Cuba avançava pelo século XIX, instrumentos de cordaflautas epianos importados da Europa e Estados Unidos começavam a desempenhar um papel cada vez mais importante na música. A batida Afro-Cubana é um arranjo complexo de vários ritmos, derivados de diferentes culturas Africanas, em sua maioria Yoruba e Congolesa. A percussão Africana encontrada nas raízes da música Afro-Cubana é em parte uma forma de comunicação, uma invocação religiosa a um conjunto de Deuses Africanos denominados Orixás. Religiões mundanas da África Ocidental e Central foram trazidas para o Novo Mundo através da escravidão, começando em Cuba no início do século XIX. Os Yorubas trouxeram um complexo sistema de crenças e práticas religiosas que incorporavam rituais de dança e tambores.
SanteriaSanteria era (e ainda é) uma forma dos Yorubas adorarem seus deuses "disfarçando-os" na identidade de Santos Católicos, como: Xango » Sta. Bárbara | Elegguá » Sto. Antônio. Nos rituais de Santeria (chamados de Bembé) os orixás são chamados para uma espécie de "possessão" - o que vulgarmente chamam de "baixar o santo". Durante as Bembés, músicos/sacerdotes, empunhando seus arrasadores tamboresBatá (bem como outros instrumentos que até hoje não são revelados aos descrentes), criavam um delírio induzido por transe que perdurava por horas. Rituais como esses, praticados no início do processo de escravidão no Novo Mundo são ainda bastante comuns em Cuba. As Rumbas derivaram de rituais daSanteria, e apesar de bastante similares, não contam com a mesma função religiosa. Os Orixás são louvados, e a importância dos tambores ainda permanece, mas essa celebração não é exclusiva aos iniciados. As danças presentes nessas festas são igualmente chamadas de Rumbas, e possuem estilos específicos como: Guaguancó | Columbia | Yambú. OGuaguancó se tornaria a forma mais popular de rumba, e contém uma sequência de pergunta-resposta entre dois vocalistas, um coro e um segmento de dança onde um casal (homem e mulher) é rodeado por um círculo de outros dançarinos. O homem rodopia seu corpoimitando um galo que tenta fecundar uma galinha (representada pela mulher/parceira), num belíssimo ritual de cortejo e acasalamento. Na Columbia há apenas um dançarino que executa movimentos rítmicos, fortes e aparentemente agressivos, similares ao da Capoeira. O Yambú conta uma história, com dois dançarinos atuando como as personagens desse enredo, e normalmente utiliza a forma de décima (métrica poética de composição herdada da Espanha - veja exemplo no destaque ao lado).

fotos: (1) músicos Yoruba | (2) ritual de santería com tambores batá

08. HISTÓRIA DOS RITMOS MUSICAIS.

PESQUISADO E POSTADO, PELO PROF. FÁBIO MOTTA (ÁRBITRO DE XADREZ).

REFERÊNCIA:
http://www.palladino.com.br/site_historia-print.htm

História dos Ritmosimprimir
  1. Batuque: Dança de origem africana, caracterizada por requebros, palmas e sapateados, acompanhados ou não de canto. Por extensão, nome de certos ritmos marcados por forte percussão.
  2. Be Bop: É um tipo de Jazz sofisticado. Anos 40.
  3. Bolero: Um dos avós do Mambo, Chá Chá Chá e Salsa, nasceu na Inglaterra passando pela França e Espanha com nomes variados(dança e contradança). Mais tarde um bailarino espanhol, Sebastian Cerezo, fez uma variação baseadas nas Seguidillas, bailados de ciganas, cujos vestidos eram ornados com pequenas bolas(as boleras).Cantores mais famosos: Agustin Lara, Bienvenido Granda, Lucho Gatica, Gregório Barros, Pedro Vargas, Consuelo Velasquez, Armando Mazanera, Trio Irakitã e recentemente Luis Miguel.
  4. Bossa Nova: Movimento renovador da música popular brasileira, surgido no Rio de Janeiro, na década de 1950. Caracterizou-se por harmonias elaboradas e letras coloquiais.
  5. Calypso: Nasceu no carnaval de Trinidad e Tobago. Tinha no seu início um clima de "duelo" político.Cantores mais famosos: Harry Belafonte
  6. Carimbó: Música folclórica da Ilha de Marajó desde o século XIX.Cantores mais famosos: Verequete, Pinduca, Milton Yamada.
  7. Chá Chá Chá: Dança derivada do Danzon cubano, que se seguiu ao Mambo. O nome foi tirado do barulho feito pelos dançarinos nas pistas de dança. Popularizou-se no mundo com as formações das Big Bands, onde havia claro predomínio de instrumentos de sopro.Cantores mais famosos: Orquestra Aragón e Fajardo y sus Estellas.
  8. Dance Music: Nasceu na Alemanha, na metade dos anos 70, por um dos homens fortes de Donna Summer. Hoje quem mais fatura com a Dance Music são os japoneses
  9. Descarga: Foi a mãe da salsa. Surgiu com a união de diversos músicos tocando o que queriam, em grandes shows. Fusão entre a música latina, rigidamente estruturada e o improviso do Jazz.
  10. El Son: Antiga forma musical popular em Cuba.
  11. Forró: Designação popular dos bailes freqüentados e promovidos por migrantes nordestinos nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo. Teve origem nas festas oferecidas pelos ingleses aos empregados que construíam estrada de ferro.
  12. Habanera: Gênero de música e dança cubana, em compasso binário, que influenciou o Tango, o Maxixe e a música popular de quase todos os países hispano-americanos. Popular no século XIX, foi utilizada por grandes compositores, como Bizet, Albéniz e Ravel.
  13. Jive: Uma mistura de Rock com Boogie Woogie americanos.
  14. Lambada: Nasceu da adaptação do Caribó eletrificado ao Merengue em 1976, Belém do Pará.Cantores mais famosos: Beto Barbosa, Márcia Ferreira, Manezinho do Sax, Grupo Kaoma.
  15. Lundum: Conhecido também como Lundu, Landu ou Londu. Dança e canto de origem africana, baseados em sapateados, movimentos acentuados de quadris e umbigadas. Trazidos para o Brasil(Pará) por escravos Bantos no século XVIII. Nessa mesma época os escravos praticam-no no Rio de Janeiro, onde constituiu uma das origens do Samba e da Chula.Cantores mais famosos: grupos folclóricos.
  16. Mambo: Nasceu em Cuba e virou uma salada musical. Tem como antepassados os ritmos afro-cubanos derivados de cultos religiosos no Congo. Seu nome vem da gíria usada pelos músicos negros("Estás Mambo"-tudo bem com você?-) que tocavam El Son nas charangas(bandas locais cubanas). Perez Prado adicionou metais nas charangas e foi de fato o primeiro a rolular essa nova versão de El Son de Mambo. Invadiu os E.U.A. nos anos 50.Cantores mais famosos: Prez Prado, Xavier Cugat,Tito Puente e Beny Moré.
  17. Merengue: RItmo veloz e malicioso, nascido na República Domenicana, tem o seu nome derivado do jeito que os domenicanos chamavam os invasores franceses no século XVII(merenque).Cantores mais famosos: Juan Luis Guerra e Walfrido Vargas.
  18. Milonga: Popular das zonas próximas ao estuário do rio da Prata, interpretada com acompanhamento de violão.
  19. Pagode: Variação do samba que apresenta características do choro, tem estilo romântico e andamento fácil para dançar. Obteve grande sucesso comercial no início da década de 1990.
  20. Pasodoble: Nasceu há três séculos, na Espanha, junto com as touradas. Tem o mesmo ritmo quente e apaixonante desse espetáculo.
  21. Polca: Dança e música originária da Boêmia, popular em meados do século XIX nos salões europeus. Caracteriza-se pelo movimento rápido, em compasso binário e andamento alegreto.
  22. Quick Step: RItmo americano que como o próprio nome diz, é rápida e cheia de pulinhos.
  23. Reggae: Estilo musical que uniu os ritmos caribenhos com o Jazz e o Rhythm and Blues. Símbolo dos movimentos político-sociais jamaicanos nas décadas de 1960 e 1970. Seus principais intérpretes são Bob Marley, Peter Tosh e Jimmy Cliff.
  24. Rock And Roll: ou simplesmente Rock, é o estilo musical que surgiu nos Estados Unidos em meados da década de 1950 e, por evolução e assimilação de outros estilos, tornou-se a forma dominante de música popular em todo o mundo. Os elementos mais característicos do estilo são as bandas compostas de um ou mais vocalistas, baixo e guitarras elétricas muito amplificadas, e bateria. Também podem ser usados teclados elétricos e eletrônicos, sintetizadores e instrumentos de sopro e percussão diversos.
    Do ponto de vista musical, o Rock surgiu da fusão da música Country, inspirada nas baladas da população branca e pobre do Kentucky e de outras regiões rurais do centro dos Estados Unidos, de estilo épico e narrativo; e do Rhythm and Blues, por sua vez uma fusão dos primitivos cantos de trabalho negros e do Jazz instrumental urbano. Inicialmente de música muito simples, era um estilo de forte ritmo dançante. Entre os primeiros cantores e compositores, quase todos negros, destacaram-se Chuck Berry, Little Richards e Bill Halley, este líder de uma banda conhecida no Brasil com o nome de Bill Haley e seus Cometas, que gravou a pioneira Rock Around the Clock. As letras das canções da época referiam-se, de forma inculta e irreverente, a temas comuns ao universo dos jovens, como amor, sexo, crises da adolescência e automóveis. Utilizavam percussivamente o som das palavras e também sílabas soltas e onomatopaicas, como be-bop-a-lula, que deu nome a uma canção.
    Elvis Presley foi o primeiro grande astro do Rock e da emergente indústria fonográfica. Apoiadas sobretudo no sucesso do gênero, as gravadoras americanas transformaram-se em impérios financeiros e, em sua intenção de tornar o rock atraente a uma maior audiência, promoveram transformações que descaracterizaram a vitalidade inicial do movimento. No início da década de 1960, no entanto, o Rock inglês explodiu com uma carga de energia equivalente à dos primeiros músicos americanos do estilo e seu sucesso logo conquistou o público jovem americano. Destacaram-se no período The Beatles, banda inglesa cuja música foi influenciada diretamente pelos primeiros compositores do Rock. Tipicamente agressiva era a postura dos Rolling Stones, a mais duradoura das bandas da época, ainda em atividade na década de 1990. A sonoridade das palavras voltou eventualmente a ser mais importante que o sentido, na tentativa de descrever experiências com o uso de alucinógenos. Na América, Bob Dylan tornou-se conhecido com o Folk Rock, que unia os ritmos do Rock às baladas tradicionais da música Country. Sua música encerrava uma mensagem política em linguagem poética.
    Progressivamente, as letras das canções passaram a abordar os mais variados assuntos, em tom ora filosófico e contemplativo, ora ácido e mordaz. A música passou também por um processo de maior elaboração e surgiram os solistas de grande virtuosismo, sobretudo guitarristas, e arranjos com longas partes instrumentais de complexa orquestração. A cantora Janis Joplin, o guitarrista Jimi Hendrix e o cantor Jim Morrison, do The Doors, representam um período de fértil experimentação musical do estilo.
    Na década de 1970, surgiram inúmeros subgêneros, como o Rock progressivo do Pink Floyd, basicamente instrumental e conectado com a música erudita; o Technopop do Alan Parsons Project, que explorava o sintetizador e as técnicas de estúdio; o Art Rock, ligado ao artista pop Andy Warhol e aos músicos John Cale e Lou Reed; o Heavy Metal do Kiss e do Van Halen e o Punk Rock do Sex Pistols, surgido no movimento punk, que levou a extremos a intensidade sonora dos instrumentos e a agressividade das letras e atitudes; o glitter de Alice Cooper e David Bowie, que acentuou o lado andrógino dos cantores, com figurinos exóticos e pesada maquiagem; e o Pop Rock, fusão do estilo a gêneros mais comerciais, com larga utilização de instrumentos eletrônicos.
  25. Rumba: O embalo sensual da Rumba nasceu como dança da fertilidade em que os passos dos bailarinos imitavam a corte dos pássaros e animais antes do acasalamento. Durante a dança, há sempre um elemento de insinuação e fuga.
  26. Salsa: Ritmo musical desenvolvido a partir da segunda metade do século XX com contribuições da música caribenha e de danças folclóricas dessa região, como a Conga e o Mambo. Em seu acompanhamento predominam os instrumentos de percussão.
  27. Samba: dança popular e gênero musical derivado de ritmos e melodias de raízes africanas, como o Lundu e o Batuque. A coreografia é acompanhada de música em compasso binário e ritmo sincopado. Tradicionalmente, é tocado por cordas (cavaquinho e vários tipos de violão) e variados instrumentos de percussão. Por influência das orquestras americanas em voga a partir da segunda guerra mundial, passaram a ser utilizados também instrumentos como trombones e trompetes, e, por influência do Choro, flauta e clarineta. Apesar de mais conhecido atualmente como expressão musical urbana carioca, o samba existe em todo o Brasil sob a forma de diversos ritmos e danças populares regionais que se originaram do Batuque. Manifesta-se especialmente no Maranhão, Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais.
    Como gênero musical urbano, o Samba nasceu e desenvolveu-se no Rio de Janeiro nas primeiras décadas do século XX. Em sua origem uma forma de dança, acompanhada de pequenas frases melódicas e refrões de criação anônima, foi divulgado pelos negros que migraram da Bahia na segunda metade do século XIX e instalaram-se nos bairros cariocas da Saúde e da Gamboa. A dança incorporou outros gêneros cultivados na cidade, como Polca, Maxixe, Lundu, Xote etc., e originou o samba carioca urbano e carnavalesco. Surgiu nessa época o Partido Alto, expressão coloquial que designava alta qualidade e conhecimento especial, cultivado apenas por antigos conhecedores das formas antigas do samba.
    Em 1917 foi gravado em disco o primeiro Samba, Pelo telefone, de autoria reivindicada por Donga (Ernesto dos Santos). A propriedade musical gerou brigas e disputas, pois habitualmente a composição se fazia por um processo coletivo e anônimo. Pelo telefone, por exemplo, teria sido criado numa roda de partido alto, da qual participavam também Mauro de Almeida, Sinhô e outros. A comercialização fez com que um samba passasse a pertencer a quem o registrasse primeiro. O novo ritmo firmou-se no mercado fonográfico e, a partir da inauguração do rádio em 1922, chegou às casas da classe média.
    Os grandes compositores do período inicial foram Sinhô (José Barbosa da Silva), Caninha (José Luís Morais), Pixinguinha (Alfredo da Rocha Viana) e João da Baiana (João Machado Guedes). Variações surgiram no final da década de 1920 e começo da década de 1930: o Samba-Enredo, criado sobre um tema histórico ou outro previamente escolhido pelos dirigentes da escola para servir de enredo ao desfile no carnaval; o Samba-Choro, de maior complexidade melódica e harmônica, derivado do choro instrumental; e o Samba-Canção, de melodia elaborada, temática sentimental e andamento lento, que teve como primeiro grande sucesso Ai, ioiô, de Henrique Vogeler, Marques Porto e Luís Peixoto, gravado em 1929 pela cantora Araci Cortes.
    Também nessa fase nasceu o samba dos blocos carnavalescos dos bairros do Estácio e Osvaldo Cruz, e dos morros da Mangueira, Salgueiro e São Carlos, com inovações rítmicas que ainda perduram. Nessa transição, ligada ao surgimento das escolas de samba, destacaram-se os compositores Ismael Silva, Nilton Bastos, Cartola (Angenor de Oliveira) e Heitor dos Prazeres. Em 1933, este último lançou o samba Eu choro e o termo "breque" (do inglês break, então popularizado com referência ao freio instantâneo dos novos automóveis), que designava uma parada brusca durante a música para que o cantor fizesse uma intervenção falada. O Samba-de-Breque atingiu toda sua força cômica nas interpretações de Moreira da Silva, cantor ainda ativo na década de 1990, que imortalizou a figura maliciosa do sambista malandro.
    O Samba-Canção, também conhecido como samba de meio do ano, conheceu o apogeu nas décadas de 1930 e 1940. Seus mais famosos compositores foram Noel Rosa, Ari Barroso, Lamartine Babo, Braguinha (João de Barro) e Ataulfo Alves. Aquarela do Brasil, de Ari Barroso, gravada por Francisco Alves em 1939, foi o primeiro sucesso do gênero Samba-Exaltação, de melodia extensa e versos patrióticos.
    A partir de meados da década de 1940 e ao longo da década de 1950, o samba sofreu nova influência de ritmos latinos e americanos: surgiu o Samba de Gafieira, mais propriamente uma forma de tocar -- geralmente instrumental, influenciada pelas orquestras americanas, adequada para danças aos pares praticadas em salões públicos, gafieiras e cabarés -- do que um novo gênero. Em meados da década de 1950, os músicos dessas orquestras profissionais incorporaram elementos da música americana e criaram o Sambalanço. O partido alto ressurgiu entre os compositores das escolas de samba dos morros cariocas, já não mais ligado à dança, mas sob a forma de improvisações cantadas feitas individualmente, alternadas com estribilhos conhecidos cantados pela assistência. Destacaram-se os compositores João de Barro, Dorival Caymmi, Lúcio Alves, Ataulfo Alves, Herivelto Martins, Wilson Batista e Geraldo Pereira.
    Com a Bossa Nova, que surgiu no final da década de 1950, o samba afastou-se ainda mais de suas raízes populares. A influência do Jazz aprofundou-se e foram incorporadas técnicas musicais eruditas. O movimento, que nasceu na zona sul do Rio de Janeiro, modificou a acentuação rítmica original e inaugurou um estilo diferente de cantar, intimista e suave. A partir de um festival no Carnegie Hall de Nova York, em 1962, a bossa nova alcançou sucesso mundial. O retorno à batida tradicional do samba ocorreu no final da década de 1960 e ao longo da década de 1970 e foi brilhantemente defendido por Chico Buarque de Holanda, Billy Blanco e Paulinho da Viola e pelos veteranos Zé Kéti, Cartola, Nelson Cavaquinho, Candeia e Martinho da Vila.
    Na década de 1980, o Samba consolidou sua posição no mercado fonográfico e compositores urbanos da nova geração ousaram novas combinações, como o paulista Itamar Assunção, que incorporou a batida do Samba ao Funk e ao Reggae em seu trabalho de cunho experimental. O Pagode, que apresenta características do Choro e um andamento de fácil execução para os dançarinos, encheu os salões e tornou-se um fenômeno comercial na década de 1990.

  28. Soca: Nasceu no carnaval de Trinidad e Tobago. É uma abreviação de soul-cum-calypso.
  29. Tango: surgido como criação anônima dos bairros pobres e marginais de Buenos Aires, o tango argentino tradicional tornou-se mundialmente famoso na voz de Carlos Gardel e, adaptado a uma estética moderna, com as composições instrumentais de Astor Piazzolla.
    Tango é uma música de dança popular que nasceu em Buenos Aires, capital da Argentina, no final do século XIX. Evoluiu a partir do candombe africano, do qual herdou o ritmo; da Milonga, que inspirou-lhe a coreografia; e da Habanera, cuja linha melódica assimilou. Chamado pelos argentinos de "música urbana", tem a peculiaridade de apresentar letras na gíria típica de Buenos Aires, o lunfardo.
    Os primeiros Tangos, ainda próximos à Milonga, eram animados e alegres. O primeiro cantor profissional de tango, também compositor, foi Arturo de Nava. A partir da década de 1920, tanto a música como a letra assumiram tom acentuadamente melancólico, tendo como principais temas os tropeços da vida e os desenganos amorosos. A temática é freqüentemente ligada à vida boêmia, com menção ao vinho, aos amores proibidos e às corridas de cavalos. As orquestras compunham-se inicialmente de bandolim, bandurra e violões. Com a incorporação do acordeão, a que seguiram a flauta e o bandoneom, o tango assumiu sua expressão definitiva.
    Dos subúrbios chegou ao centro de Buenos Aires, por volta de 1900. As primeiras composições assinadas surgiram na década de 1910, no período conhecido como da Guardia Vieja (Velha Guarda). A partir daí, conquistou grande popularidade na Europa, com o impulso da indústria fonográfica americana. Os tradicionalistas incriminam a predominância da letra, a partir da década de 1920, como responsável pela adulteração do caráter original do tango. A voz do cantor modificou o ritmo, que já não comportava o mesmo modo de dançar. As figuras mais importantes da Guardia Nueva (Nova Guarda) foram o cantor Carlos Gardel -- cuja voz e personalidade, aliadas à morte trágica num acidente de avião, ajudaram a transformar em mito argentino -- e o compositor Enrique Santos Discepolo. Ao mesmo tempo, compositores europeus, como Stravinski e Milhaud, utilizavam elementos do tango em suas obras sinfônicas.
    Embora continuasse a ser ouvido e cultuado na Argentina conforme a feição que lhe foi dada por Gardel, o tango começou a sofrer tentativas de renovação. Entre os representantes dessa tendência, figuram Mariano Mores e Aníbal Troilo e, sobretudo, Astor Piazzolla, que rompeu decididamente com os moldes clássicos do tango, dando-lhe tratamentos harmônicos e rítmicos modernos.
    O Tango -- como o Samba, no Brasil -- tornou-se símbolo nacional com forte apelo turístico. Casas de tango e o culto aos nomes famosos de Gardel e Juan de Dios Filiberto perpetuam o gênero. Ao contrário do samba, no entanto, a criação artística do tango sofreu forte declínio a partir da década de 1950.
    Dança. Por sua forte sensualidade, o tango foi, a princípio, considerado impróprio a ambientes familiares. O ritmo herdou algumas características de outras danças de casais, como as corridas e quebradas da habanera, mas aproximou mais o par e acrescentou grande variedade de passos. Os dançarinos mais exímios compraziam-se em combiná-los e inventar outros, numa demonstração de criatividade. Fora dos ambientes populares e dos prostíbulos, onde imperava nos subúrbios, o tango perdeu um pouco da lendária habilidade dos bailarinos. Admitido nos salões, abdicou das coreografias mais extravagantes e evitou posturas sugestivas de uma intimidade considerada indecente, numa adaptação ao novo ambiente.
  30. Valsa: Dança de salão derivada do Ländler, popular na Áustria, Baviera e Boêmia. Caracteriza-se pelo compasso ternário da música, pelos passos em que os pés deslizam pelo chão e pelos giros dos pares. Surgiu entre 1770 e 1780
  31. Xote: Tipo de dança de salão de origem alemã, popular no Nordeste do Brasil, executada ao som de sanfonas nos bailes populares. Trazida ao Brasil em 1851 pelo professor de dança José Maria Toussaint, com o nome original de schottische. Também chamada Xótis
Academia de Dança - PALLADINO Dança Social - www.palladino.com.br

07. HISTÓRIA DA VALSA - PARTE 3.

PESQUISADO E POSTADO, PELO PROF. FÁBIO MOTTA (ÁRBITRO DE XADREZ).

REFERÊNCIA:

http://www.dicionariompb.com.br/valsa/dados-artisticos


Dados Artísticos

Dança européia de compasso ternário e andamento rápido, moderado ou lento. No século XVIII, era usada pelos camponeses de algumas regiões da Alemanha, da Áustria ou da França, mas não conseguia penetrar nos salões por ser dança de par enlaçado e por ser em geral muito movimentada. Por ocasião do Congresso de Viena, que reuniu em 1815 na capital da Áustria as mais altas cabeças coroadas da Europa, com a finalidade de organizar politicamente o mundo depois da derrota de Napoleão, Sigismundo Neukomm, encarregado da parte musical do encontro, admitiu a valsa nos bailes realizados, tornando-a daí em diante uma dança da sociedade. No ano seguinte (1816), Neukomm veio para o Brasil, onde foi professor de harmonia e composição do futuro Imperador D. Pedro I e de sua esposa D. Leopoldina. Em um catálogo de suas composições, incluiu Neukomm duas anotações que constituíram as mais antigas referências sobre a valsa em nossa terra: "6.11.1816 - Fantasia a grande orquestra sobre uma pequena valsa de Sua Alteza Real, o Príncipe Real D. Pedro.

16.11.1816 - 6 valsas compostas por Sua Alteza Real, o Príncipe D. Pedro e arranjadas para orquestra com trio". As anotações do discípulo de Haydn permitiram, portanto, afirmar que:

- a valsa existia no Brasil em 1816;

- as primeiras valsas comprovadamente compostas no Brasil tiveram por autor o Príncipe D. Pedro, futuro imperador Pedro I;

- a valsa teve aqui origem nobre, ligada ao Paço Imperial de S. Cristóvão, e foi trazida diretamente de Viena e não via Paris ou Lisboa.

A despeito dessa ascendência da mais alta nobreza, ela se difundiu entre todas as camadas sociais. Acomodou-se aos diversos níveis artísticos da música, erudito, popular e folclórico. A valsa figura no catálogo de Nepomuceno, Villa-Lobos, Guarnieir, Lorenzo Fernandes ou Francisco Mignone; está no repertório de todas as rodas de choro, com Callado, Anacleto, Chiquinha Gonzaga, Pixinguinha e Jacob do Bandolim. Invadiu a rítmica da modinha que, a partir da metade do século XIX, tomou preferencialmente o corte da valsa. Mesmo no campo da música popular, há extrema variedade de espécies do gênero valsa. Ao lado da "Elegantíssima", de Nazareth, e da "Alma e corção", de Luperce Miranda, podem ser encontradas peças como "Branca", de Zequinha de Abreu, e "Saudades do matão" de Jorge Galati, sempre executadas instrumentalmente. E podem ser encontradas modinhas como "Chão de estrelas", de Orestes Barbosa e Sílvio Caldas, ou "Terna saudade", de Anacleto de Medeiros e Catulo da Paixão Cearense, raramente desacompanhadas das letras na voz dos seresteiros. Não há chorão brasileiro que não tenha secreta paixão pela valsa. Alexandre G. Pinto conta que seu irmão, flautista amador, quando faleceu a mãe de ambos, compôs em homenagem a ela uma valsa lenta muito sentida. Nos anos 1930, a valsa brasileira ocupou um lugar de destaque no repertório da MPB, destacando-se como exímios autores do gênero Lamartine Babo, Francisco Mattoso e José Maria de Abreu, entre os muitos outros que antecipam cultores contemporâneos como Ismael Neto e Antonio Maria ("Valsa de uma cidade - 1958) ou mesmo Chico Buarque ("Valsinha" - 1973).

06. HISTÓRIA DA VALSA - PARTE 2.

PESQUISADO E POSTADO, PELO PROF. FÁBIO MOTTA (ÁRBITRO DE XADREZ).

REFERÊNCIA:
http://www.costaverdesp.com.br/aulasdedancadesalao/valsa.htm




História da Valsa

Dança de salão derivada do Ländler, popular na Áustria, Baviera e Boêmia. Caracteriza-se pelo compasso ternário da música, pelos passos em que os pés deslizam pelo chão e pelos giros dos pares. Surgiu entre 1770 e 1780.

05. HISTÓRIA DA VALSA - PARTE 1.

PESQUISADO E POSTADO, PELO PROF. FÁBIO MOTTA (ÁRBITRO DE XADREZ).

REFERÊNCIA:

http://www.sabetudo.net/valsa-historia.html

valsa dançaValsa é muito popular na França e tocada  em  salões bailes de debutantes e casamentos e interpretadas pelas mais importantes orquestras mundiais. O gênero musical  gerou a dança  independente  com o contato mais próximo entre parceiros  e foi aceita pela  alta sociedade. Sua chegada ao Brasil fez um sucesso no ano de 1808 com uma grande aceitação e foi nas palavras de José Ramos Tinhorão um dos únicos espaços públicos de aproximação que a época oferecia  a namorados e amantes, e hoje é vivenciado em festas de debutantes.